Que tal uma viagem incomum?

A poesia de Renato emerge das profundezas de suas vivências. Embora seu texto seja simples do ponto de vista técnico, o poeta se revela um artista completo: em suas próprias palavras, na arte de ser inteiro, e de não vazar, na arte que só voando se pratica. Voemos então por sua obra. São 40 poemas escritos quase todos em versos livres, que chamam a atenção pela diversidade de fontes e pela originalidade dos sentidos que obtém no trabalho com elas. Viagem à Bahia pode despertar novos sentidos ou levar-lhe a outros espaços/tempos, sugeridos por um poeta ora místico, ora intelectual, ora observador, ora apaixonado, ora caminhante. Difícil prever o destino dessa obra. O escritor mineiro pode causar escândalo. Críticas severas? Ampla aceitação popular? De minha parte, afirmo que a poesia veiculada por Renato fez com que eu viajasse à Bahia, à natureza brasileira, a universos paralelos, e ao lugar mais místico que existe, o dicionário. Renato, dentre todas as chances de todos os seres, essa é sua vez.

Leitor, boa Viagem à Bahia
Juliano Klevanskis Candido

A cada momento somos.
A cada momento, podemos.
Neste instante sentimos
o Inominável, batendo à porta.
E se abrirmos?
Dilúvio.
Caos, vertigem e…
alívio!

 

Revisão
Nadja Moreno

Ilustração da capa e miolo
Emerson Santos Duarte

Projeto gráfico e diagramação
Rafael Sales