Escrevo projetando meu corpo sobre a folha.
Solto alguns segredos…
A cabeça da gente é uma coisa de louco:
penso na comida que tenho na geladeira,
ela me permitirá, só por 21 horas, manter os meus segredos ou soltar algum;
penso nos artistas se expondo a um voyerismo absurdo,
deve ser esquisito ser um artista desses andando na rua.
E penso na solidão de pessoas desconhecidas e tão belas.
É preciso realizar a correção mais básica em nosso caminhar;
a confiança é sobre largar,
o amor é sobre abrir-se,
a meditação é sobre relaxar,
mas também é ouvir
e assim se expandir.
Nosso pecado original é o abismo a escalar.
Há elevadores. Há cordas e equipamento.
Lá em cima seremos deuses plenos de amor.
Quem pode o mais pode o menos.
Peço aos céus que me inundem.
O coração, os pensamentos, tudo.
Viver em transe!
Consumar meu projeto de vida.
Quando era menino, falava como menino, vivia como menino.
Agora quero ser homem.